Sou o Refrão
Pra quê mamar no fruto venenoso?
Pra quê fingir que é um bom esboço?
Pra quê sonhar com o véu de fumo?
Pra quê viver de luto com o mundo?
Pra quê ser o que todos são?
Já que sou o meu refrão
Profundo ou imundo?
Estrada veloz sem rumo
A brincadeira, minha cerveja
O atraso, meu cigarro
Como um calmante obrigatório
Cinzas no meu pulmão
Goles de trovão
Pergunto o nome mais bonito para me apelidar
Meu nome não combina pra chamar
Encerrei o jantar
Só entra quem me agradar
Maria do vício, Joana do riso
Eu estive tão confusa
Com tudo na mão
Observei a luta
Me Arrisquei na contramão
Na terra, eu creio
No céu, eu freio
Para disfarçar, a gargalhada vem como um tiro
A melancolia é um despertador pra realidade
Faço piadas, auto-sabotagem
À margem do enredo desconstrutivo
Ligo para meus amigos
Para dizer que sou errada
Talvez uma farsa
Ou nada com nada
Maria do vício, Joana do riso
Eu estive tão confusa
Com tudo na mão
Observei a luta
Me Arrisquei na contramão
Na terra, eu creio
No céu, eu freio
Sei lá se um dia fui feliz
Sei lá se eu quis
Rimando com deboche
A loucura vestida de fantoche