Sou o Refrão

Pra quê mamar no fruto venenoso?

Pra quê fingir que é um bom esboço?

Pra quê sonhar com o véu de fumo?

Pra quê viver de luto com o mundo?

Pra quê ser o que todos são?

Já que sou o meu refrão

Profundo ou imundo?

Estrada veloz sem rumo

A brincadeira, minha cerveja

O atraso, meu cigarro

Como um calmante obrigatório

Cinzas no meu pulmão

Goles de trovão

Pergunto o nome mais bonito para me apelidar

Meu nome não combina pra chamar

Encerrei o jantar

Só entra quem me agradar

Maria do vício, Joana do riso

Eu estive tão confusa

Com tudo na mão

Observei a luta

Me Arrisquei na contramão

Na terra, eu creio

No céu, eu freio

Para disfarçar, a gargalhada vem como um tiro

A melancolia é um despertador pra realidade

Faço piadas, auto-sabotagem

À margem do enredo desconstrutivo

Ligo para meus amigos

Para dizer que sou errada

Talvez uma farsa

Ou nada com nada

Maria do vício, Joana do riso

Eu estive tão confusa

Com tudo na mão

Observei a luta

Me Arrisquei na contramão

Na terra, eu creio

No céu, eu freio

Sei lá se um dia fui feliz

Sei lá se eu quis

Rimando com deboche

A loucura vestida de fantoche

Dréus
Enviado por Dréus em 17/06/2010
Reeditado em 23/01/2013
Código do texto: T2324916
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