NADA DE LIMITAÇÕES

Esse desejo evaporado pelo ar

Nesse silêncio absurdo do deserto

A solidão da multidão movendo ao léu

Nesse papel que não fui eu quem inventou.

O meu espaço limitado não dá trégua

Não sou piegas e também, herói não sou

Às vezes dói toda essa arquitetura

No amargor que a amargura desabou.

E todos presos num novelo sem ter ponta

Só tem afronta emaranhada no seu meio

Afasto então todas as possibilidades

De encontrar a quietude sem rodeio.

Sigo assim a passos lentos noutro rumo

Um novo prumo quero dar ao meu viver

Se noutra encosta eu terei que apostar

Rode a roleta, sei qual número escolher.

Marçal Filho e A música é de Chico Geraes
Enviado por Marçal Filho em 15/06/2010
Reeditado em 11/05/2024
Código do texto: T2320445
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.