NADA DE LIMITAÇÕES
Esse desejo evaporado pelo ar
Nesse silêncio absurdo do deserto
A solidão da multidão movendo ao léu
Nesse papel que não fui eu quem inventou.
O meu espaço limitado não dá trégua
Não sou piegas e também, herói não sou
Às vezes dói toda essa arquitetura
No amargor que a amargura desabou.
E todos presos num novelo sem ter ponta
Só tem afronta emaranhada no seu meio
Afasto então todas as possibilidades
De encontrar a quietude sem rodeio.
Sigo assim a passos lentos noutro rumo
Um novo prumo quero dar ao meu viver
Se noutra encosta eu terei que apostar
Rode a roleta, sei qual número escolher.