CHUÁ

Dê licença meus amigos, pois meu canto vou mostrar

Eu peço pra todo mundo, pra me ajudar cantar

O negócio é muito fácil, e é bom pra balançar

Não precisa ter talento, basta fazer um chuá.

Chuá, chuá, chuá, chuá...

O chuá pra ser bem feito, tem que ter ingrediente

Precisa de batucada, e uma menina quente

Tudo começou agora, vai até o sol raiar

Quem entrar na brincadeira, só sai quando acabar.

Chuá, chuá, chuá, chuá...

Tem gente do São Francisco, do São Bento e São Conrado

O chuá é protegido, tem santo de todo lado

Já chegaram as moreninhas, lá do Maringá Leblon

Quanto mais a casa cheia, é que o chuá fica bom.

Chuá, chuá, chuá, chuá...

No chuá está presente, o rádio e a televisão

O amigo Nivaldo Mota, Picarelli e o Ramão

A Marilú Guimarães, num estilo badalado

Pra animar o chuá, veio dar o seu recado.

Chuá, chuá, chuá, chuá...

Até o Moura Brasil, deu uma bronca no povo

Intimando quem parou, pra fazer chuá de novo

O salão está lotado, já não temos mais “lugá”

Mas o pessoal lá de fora, também fez outro chuá.

Chuá, chuá, chuá, chuá...

Com nossos pratas da casa, o sucesso foi total

Almir Sater chegou cedo, veio no Trem do Pantanal

Só o Chico do Grupo Acabba, que ficou muito zangado

Porque chegou no final, e o chuá tinha acabado.

Chuá, chuá, chuá, chuá...

© 1983 – LAÉRCIO LEMMOS

“Fiz este trabalho em Campo Grande-MS, a querida Cidade Morena, onde morei e tive a felicidade de conquistar grandes amigos, com os quais aprendi muito, cuja parte da minha experiência devo a eles. Nas condições de um simples poeta, esta é a minha homenagem de coração a todos os CAMPOGRANDENSES”.

LAÉRCIO LEMMOS
Enviado por LAÉRCIO LEMMOS em 05/06/2010
Reeditado em 05/06/2010
Código do texto: T2302043
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