ZÁS
Hei de saber que sou,
tão natural assim,
pois ao dosar me vejo
noutro fazer de mim.
Hei de querer bem mais
das ilusões febris,
que ao me perder no errado
sei que o meu achado é bis.
Sou de onde o não,
nem sempre é negativa,
pois, mesmo que pareça errado
volto à nova tentativa.
Sou da ilusão da véspera,
fonte do que vir será,
pois do esquecido, é têmpera,
do meu outro tempo... zás.