Vim do nada e nada sou
(Por Onofre Ferreira do Prado)
Sou da terra e dela eu vivo
Do labor retiro o pão
Do amor eu sobrevivo
Venço a morte e a solidão
Vim do nada e nada sou
Não alimento a ilusão
E não basta ser doutor
Não sou mais que meu irmão
A terra dá, a terra come
É pra lá que todos vão
E a terra que dá o pão
É a mesma que nos consome