Prenúcio de Canção!

(Á pedido)

Essa poesia foi alterada para participar de um festival (ver no final).

Foi nesse festival, que aconteceu o que está no meu perfil.

Após a primeira apresentação, a música era dada como favorita para vencer. No dia da final quando o grupo que contratei estava no palco, a implificação do som, simplesmente, foi desligada no meio da apresentação.

Insatisfeito com as desculpas, ameacei entrar com um recurso, foi então que... bem o resto já sabem!!!

PRENÚNCIO DE CANÇÃO!

Quando a saudade chega forte e cala fundo,

Rasga o peito a arranca o coração.

Quando uma lágrima se desprende o olho,

Cai na cuia e salga o chimarrão.

Quando a dor é fruto do pensamento

E no momento companhia é a solidão,

Quando a tristeza invade a alma de um homem

É o prenúncio de uma nova canção.

Quando o Pampeiro inclina a garoa,

Assoviando na cunheira do galpão

Quando a boiada se encostam uns nos outros,

Junto a mangueira procurando proteção.

Quando a Coruja busca o ninho e se entoca,

Deixa um vazio na ponta do mourão.

Quando a tristeza esfria a alma de um homem,

É prenúncio de uma nova canção.

Quando a fumaça encobre o campo e suja o pasto,

Deixa um rastro, marcas de óleo no chão.

Quando um rio perde seus peixes ainda pequenos

Para o veneno que desce da plantação.

Quando o Anu pousa em um galho seco,

Porque ao voar lhe falta a respiração

Quando a tristeza polui a alma de um homem,

É o prenúncio de uma nova canção.

Para participar do festival a música teve seu nome alterado para:

MUSA DO COMPOSITOR!,

e foi acrescido o refrão abaixo, intercalado entre as estrofes:

A tristeza é a musa do compositor

Que ele expressa em suas melodias,

Longe de casa abraçado ao violão

A beira do fogo am madrugadas frias.

Eugenio Simioni
Enviado por Eugenio Simioni em 04/06/2005
Código do texto: T22171