Precipícios
PRECIPÍCIOS
Dedicada a Zé Ramalho
Cá estamos nós
A beira do precipício
Distantes um do outro
Próximos dos vícios
Barreira intransponível
Estrutura desafiante da razão
Erguida com a argila do temor
E o adobo da religião
REFRÃO:
Olhe para dentro
Desprenda-se da razão
Rasgue o véu que obscurece
A realidade e a falsa ilusão
Perdido no labirinto das memórias e espelhos
Cambaleante forma vaga a esmo
Olho atentamente e eis que vejo
A caricatura de mim mesmo
Procurando uma saída
Em meio a realidade crepuscular
Enquanto não a encontro
Continuo a sonhar
REFRÃO:
Olhe para dentro
Desprenda-se da razão
Rasgue o véu que obscurece
A realidade e a falsa ilusão
E nas horas que se arrastam
E no dia que chegou
Observo as lembranças e a vida
Exalando como mero vapor