Refém de Mim
Vivendo sem pertencer,
morrendo sem perceber,
que não mais existe,
mesmo que continue presente.
Sem caminhar,
o tempo ainda passa.
Você é quem para
e não sai do lugar.
Aprisionado por si.
Vou dormir com o nada,
acordo pra ninguém.
Nas noites de insônia,
sinto-me refém,
de mim.
Sem saída,
adormecida,
queria ter força,
mas queria ser salva.
Falta o inidentificável,
para buscar o que nunca existiu,
fora dos sonhos,
que agora voam.
Livres,
porque não mais me pertencem.
Sou ninguem.