Mundo
Nunca mais ver você partir
Como alguém fiel que persegue sem dor
Caminhando entre falsas leis
Percorrendo rios de promessas fáceis
Trilogias, peças não montadas
Animais exaustos, o mundo em clamor!
Sangue quente, vinho doce fervente
Nuvens passageiras, o tempo é o Senhor!
Êêêêê, olhares bandidos, olhares mundanos, olhares profanos...
Êêêêê, histórias concretas, clamores urbanos, viagens insanas...
Êêêêê, histórias perdidas, clamores sofridos, poeiras do tempo...
Quem disser que nasceu assim
Tão bem lapidado, sem mancha qualquer
Dita regras de mentiras no ar
Colhendo os frutos de palavras do Mal
Olhos negros, faces bronzeadas
Corpos inundados, é o espelho do umbral
Vou além, seqüestrar suas asas
Vou morar no Céu, pra rir de todos daqui!
Êêêêê, contratos de morte, pessoas de sorte, venenos dosados
Êêêêê, cadeiras de nobres, palavras da morte, atos que cobrem
Êêêêê, figuras repetem as mesmas ciladas dos anos passados!
Terremotos vem e espalham a dor
Canetas assinam declarações de guerras
Santos vêm pra trazer o Bem
Correntes de alerta
Tempestades virão!
Terra em plena convulsão
Cheia de dor, de espanto e calor
Máfias cobram o preço do Sagrado
Animais valem mais que o bebê nascido!
Êêêêê, pessoas doentes, crenças nefastas, pastores de cães
Êêêêê, segredos abertos, viagens sem volta, Igrejas de Fome!
Êêêêê, karmas perdidos, “Santos” famintos, meninas com sede!
Êêêêê, olhares bandidos, olhares mundanos, olhares profanos...
Êêêêê, histórias concretas, clamores urbanos, viagens insanas...
Êêêêê, histórias perdidas, clamores sofridos, poeiras do tempo...