passatempo

Ando entre passos largos e tropeços

Entre bravos, mansos e rochedos

Numa sega direção

Ando entre pardos, brancos entre negros

Meu cavalo manco é meu brinquedo

E meu passatempo é a solidão

Moro onde um homem forte sente medo

Onde os sonhos morrem muito cedo

Onde a sorte vira uma ilusão (vida)

Olho com gigantes olhos o futuro

Carne, gelo, e sangue se misturam

E meu passatempo é a solidão

Deve ser difícil crescer fora dos muros

Ter um sacrifício a fazer por quase tudo

Ter um inimigo e vencer sem ter escudo

Ver o teto escuro e não crer no fim do mundo

Ando entre cacos trapos entre becos

Entre maços tragos entre erros

O meu passatempo é a solidão

Corro entre raros frascos entre beijos

Entre copos pratos entre os dedos

O meu passatempo é a solidão

Cresço entre os lábios jovens entre os nervos

Entre corpos fracos entre os guetos

E meu passatempo é a solidão

leandro duarte
Enviado por leandro duarte em 18/02/2010
Código do texto: T2094226
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