GAVIÃO DO MEDO E DO AR

tarde cansada

voz dor de mim,

foi sempre assim...

gavião do medo,

galo de voar,

mora no rochedo

dono do meu ar

quando pia alto

grito de caçar

minha roça inteira

muda de lugar.

asa deste céu

bicho matador

mata a minha dor

velha de cantar

livre de coragem

força de matar

leve bem pra longe

quero andar...

cercado de moirão queimado

planto a sorte que me resta

faço o tempo dos meus dias

dar mil voltas de aventuras

no sonho do meu caminho...

rosa de beira de estrada

muda a cor pela poeira

já que a estrada cor-de-rosa

não tem dor e nem roseira

vou pegar minha viola e sair

entre as horas da tarde...

Letra: Eugenio Malta

Musica: Messias dos Santos

13/11/67

Eugenio Malta
Enviado por Eugenio Malta em 31/07/2006
Reeditado em 16/11/2007
Código do texto: T205961