Sem voz

Wagner Araújo

A OBRA

13 / 01 / 2003

Nas batidas eu faço meu diálogo.

Palavras vindas das fronteiras do inconsciente.

Mensagens anáforas, binárias,

Registram-me no espaço e sem rumo

Onde se pode me ouvir no futuro...

Uma voz que sintetiza o som.

Que amplifica as idéias.

Comunicação extra-sensorial.

Mentalização por telepatia.

Esperanto não é dialeto.

Os sinais dos cegos.

Código “Q” universal.

Várias línguas, umas parecidas.

Milhares de anos e ninguém se entende.

Conhecimento da etimologia,

É poder ditar, opinar, liderar.

É uma habilidade de poucos, iguais aos outros.

Os surdos mudos se entendem melhor que a gente.

O som das conchas não é do mar,

São vibrações do vento...

...O som que se pode tocar.

O eco reverbera um ruído.

O vento é quem amplifica a voz.

No espaço o silêncio é intenso.

O espaço é o som do silêncio.

Eu vou tocar as cordas vocais e

Emitir vibrações letais.

O som dos metais dá um brilho a mais.

O ruído dos animais é tão antigo quanto o infinito,

Bem antes de nós, quando na barriga sem voz.

Wagner Araujo
Enviado por Wagner Araujo em 31/12/2009
Reeditado em 03/01/2010
Código do texto: T2004808
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