Redomona
REDOMONA
Milonga da minha doma
Redomona pra enfrenar
Não corcoveia, só me enleia,
Monto “ligero” d’em pêlo,
Anseio dos meus anelos,
Milonga pra te amansar.
Milonga dos meus afagos,
Mansa para meu encilhar,
Me provocas, de cacho atado,
Vou num costado estribado
E no compasso eu me refaço
No teu regaço p´ra te montar.
Tu me assanha nas tuas manhas,
Mostras malícia no olhar.
Eu te cobiço e me atiço,
Nesse teu andar lascivo.
Montar profano, amor cativo,
Pura carícia ao te cantar.
Redomona, crina ao vento,
É hora, vamos embora.
“Varamo” à noite no sereno,
Num tranco lento de espora.
Milonga, doce veneno,
Sou teu pequeno, minha senhora.