Doce Paulicéia
Doce Paulicéia
Eu hoje sonho tranquilo
lá fora corre a avenida
levando A Folha no vento
lavando a noite e a vida
Canta a sirene, fagueira
sereia que me naufraga
São Paulo é um doce, menina
é mel no fio de uma adaga
Há um mito novo na esquina
se minto é por sanidade
Talvez veja esta aquarela
Mais bela por dentre as grades
Meus olhos não mais garoam
É só um sonho marginal:
No hálito quente de asfalto
Lábios que avançam sinal
Me roube um beijo, ligeira
Ocupe minha mente vaga
São Paulo é um doce, menina
É um prazer que se paga