Mãe desnaturada.

A saudade fez um ninho

Num galho da minha alma

E nele tem dois filhotinhos

E está me roubando a calma.

O nome de um é desprezo

Faz barulho desde cedinho

De tanto comer está obeso

E sufocando o seu irmãozinho.

Que por sua vez não fica quieto

O nome dele é abandono

E seu passatempo predileto

É perturbar o meu sono.

E a mãe desnaturada

Com o alimento atraza

E é uma confusão danada

O meu coração vira brasa.

Quero que uma ventania

Quebre o galho que está o ninho

E fujam da minha poesia

Esse feiosos filhotinhos.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 05/12/2009
Código do texto: T1961658
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.