Um sujeito dramático
Respiro apenas esperança
No reino das ilusões
Já fui à face da vingança
Parti vários corações.
Hoje vivo solitário
Pelas ruas, sem abrigo
Mas, que povo autoritário
Apenas quero um ombro amigo.
Sei que não sou santo
Nunca fui e nunca serei
Vou ficando no meu canto
Relembrando o que errei.
Na verdade fui carrasco
Fiz de tudo errado
Vou saltar de um penhasco
E esquecer do meu passado.
Apesar de saber
Que não é o que me condena
Esqueci o que é viver
De mim tenho até pena.
E essa coisa de consciência
Que parecia estar perdida
Foi o ponto de partida
Pus um fim em minha vida.