Um sujeito dramático

Respiro apenas esperança

No reino das ilusões

Já fui à face da vingança

Parti vários corações.

Hoje vivo solitário

Pelas ruas, sem abrigo

Mas, que povo autoritário

Apenas quero um ombro amigo.

Sei que não sou santo

Nunca fui e nunca serei

Vou ficando no meu canto

Relembrando o que errei.

Na verdade fui carrasco

Fiz de tudo errado

Vou saltar de um penhasco

E esquecer do meu passado.

Apesar de saber

Que não é o que me condena

Esqueci o que é viver

De mim tenho até pena.

E essa coisa de consciência

Que parecia estar perdida

Foi o ponto de partida

Pus um fim em minha vida.

Almeida Silva
Enviado por Almeida Silva em 21/11/2009
Reeditado em 25/04/2013
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