FADO

FADO

Não há português que não diga,

Sentir saudades do fado

Ir lá, na Lisboa antiga

Ouvir o som bem trinado

Duma guitarra a chorar

Poetas nesta Lisboa

Que é capital do fado

Fadistas cantam à toa

E em versos dão o recado

Numa guitarra a trinar

Arte, fama e riqueza

No manto d’uma saudade

Moram além da tristeza,

Tormentos e tempestade

Quando o fado está a cantar

Nenhuma alma resiste

Às influências do fado

No som dolente e triste

Nas facetas é mostrado

O teor do lupanar

Não há português que não sinta,

No trinar de uma guitarra

Onde a fadista retinta

Nos acordes se amarra

E faz a Alfama chorar !

São Paulo, 19/11/2009

Armando A. C. Garcia

E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br

Site: www.armandoacgarcia.blogspot.com