SAUDADE DO MEU SERTÃO
Eu deixei o meu sertão
Pra morá cá na cidade.
Ficô lá meu coração
No lugá veio a saudade.
Saudade da minha terra,
Do riacho pra pescá,
Da verde mata na serra,
Do cantá do sabiá.
Do cair da tarde fria,
Vê o sol se escondê,
Do rompê de um novo dia,
Da lua cheia a nascê.
Daquela casa modesta,
Lá no meio do grotão,
Bem juntinho da floresta,
Ao lado de um ribeirão.
Da varanda sussegada,
Do meu pai a cuchilá,
Das gaiola pendurada,
Dos passarim a cantá.
Do tempo bão de criança,
A brincá e a corrê.
Hoje, só resta a lembrança,
Daquele doce vivê.
Da prosa sempre animada,
Junto ao fogo do fugão,
Ai, que saudade danada,
Dos amigo e dos irmão.
Da minha mãe na cuzinha,
Chamando nós pra jantá,
Arroz, fejão, canjiquinha,
Com bolinho de fubá.
Saudade bate no peito,
Tristeza no coração,
Saudade que não tem jeito,
Saudade do meu sertão.
Eu deixei o meu sertão
Pra morá cá na cidade.
Ficô lá meu coração
No lugá veio a saudade.
Saudade da minha terra,
Do riacho pra pescá,
Da verde mata na serra,
Do cantá do sabiá.
Do cair da tarde fria,
Vê o sol se escondê,
Do rompê de um novo dia,
Da lua cheia a nascê.
Daquela casa modesta,
Lá no meio do grotão,
Bem juntinho da floresta,
Ao lado de um ribeirão.
Da varanda sussegada,
Do meu pai a cuchilá,
Das gaiola pendurada,
Dos passarim a cantá.
Do tempo bão de criança,
A brincá e a corrê.
Hoje, só resta a lembrança,
Daquele doce vivê.
Da prosa sempre animada,
Junto ao fogo do fugão,
Ai, que saudade danada,
Dos amigo e dos irmão.
Da minha mãe na cuzinha,
Chamando nós pra jantá,
Arroz, fejão, canjiquinha,
Com bolinho de fubá.
Saudade bate no peito,
Tristeza no coração,
Saudade que não tem jeito,
Saudade do meu sertão.