Vendaval do abandono.
Duas horas e nove minutos
De mais uma fria madrugada
Um silencio cruel e absoluto
E a insonia já foi decretada.
Com todas as forças do meu ser
Eu juro que eu já tentei dormir
Agora pouco eu parei de escrever
Mas os versos continuam a fluir.
E todos eles vem falando dela
E da sua beleza meiga,infinita
E para o bom senso a alma apela
Sem esconder que está bem aflita.
A caneta grita da escrivaninha
Quebrando um silencio sagrado
Ó meu DEUS que vida essa minha
Sou apenas um trovador apaixonado.
E muito distante daqui ela dorme
Espero não esteja sonhando com outro
Enquanto aqui o meu desepero é enorme
Sem sono planejo o nosso sonhado encontro.
Se eu não escrever me enlouqueço
E se não dormir sei que eu não resisto
Dela nem só um instante eu me esqueço
Ela porem nem sequer se lembra que existo.
E assim a vida vai seguindo o seu curso
Por uma estrada longa e sem retorno
Sem solução aparente ou algum recurso
Sigo eu em rumo ao vendaval do abandono.