Vendaval do abandono.

Duas horas e nove minutos

De mais uma fria madrugada

Um silencio cruel e absoluto

E a insonia já foi decretada.

Com todas as forças do meu ser

Eu juro que eu já tentei dormir

Agora pouco eu parei de escrever

Mas os versos continuam a fluir.

E todos eles vem falando dela

E da sua beleza meiga,infinita

E para o bom senso a alma apela

Sem esconder que está bem aflita.

A caneta grita da escrivaninha

Quebrando um silencio sagrado

Ó meu DEUS que vida essa minha

Sou apenas um trovador apaixonado.

E muito distante daqui ela dorme

Espero não esteja sonhando com outro

Enquanto aqui o meu desepero é enorme

Sem sono planejo o nosso sonhado encontro.

Se eu não escrever me enlouqueço

E se não dormir sei que eu não resisto

Dela nem só um instante eu me esqueço

Ela porem nem sequer se lembra que existo.

E assim a vida vai seguindo o seu curso

Por uma estrada longa e sem retorno

Sem solução aparente ou algum recurso

Sigo eu em rumo ao vendaval do abandono.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 13/10/2009
Código do texto: T1864304
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