Rosas do Mato

Quero caminhar no matagal

Cheio de flores sem espinhos

Enxergar sem depender

Da emoção

Pra evitar

Que no futuro

Dê vazão

Sou como um pombo sem asa

Como uma garça sem graça

Que quando foge de casa

Leva consigo a desgraça

Sou meu problema

Meu dilema

Que tenho que aprender

A controlar

A coordenar

Pra um outro lado

Que não me atinja

Que não me force

A derrubar

Mais um aliado

Mas não tornar-me um ser alado

Pra evitar ser odiado

Visto a carapuça que te serve

Pra te proteger

De todo mal

Que possa vir

A evocar

Sou muito mais

Que posso parecer

Sombreio a dúvida

Pra não me ver

Investigar

E dominar

O que eu abranjo

Tem fácil solução

Mas difícil

Resolução

Se é assim

Que tem que ser

É assim

Que vai ser

Seguindo as regras

Me manifesto

Da mesma forma

Do meu processo

Que vai direto

Pro calabouço

E vade reto

O meu protesto!

Will Spiler
Enviado por Will Spiler em 12/10/2009
Código do texto: T1862338
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