Rosas do Mato
Quero caminhar no matagal
Cheio de flores sem espinhos
Enxergar sem depender
Da emoção
Pra evitar
Que no futuro
Dê vazão
Sou como um pombo sem asa
Como uma garça sem graça
Que quando foge de casa
Leva consigo a desgraça
Sou meu problema
Meu dilema
Que tenho que aprender
A controlar
A coordenar
Pra um outro lado
Que não me atinja
Que não me force
A derrubar
Mais um aliado
Mas não tornar-me um ser alado
Pra evitar ser odiado
Visto a carapuça que te serve
Pra te proteger
De todo mal
Que possa vir
A evocar
Sou muito mais
Que posso parecer
Sombreio a dúvida
Pra não me ver
Investigar
E dominar
O que eu abranjo
Tem fácil solução
Mas difícil
Resolução
Se é assim
Que tem que ser
É assim
Que vai ser
Seguindo as regras
Me manifesto
Da mesma forma
Do meu processo
Que vai direto
Pro calabouço
E vade reto
O meu protesto!