o que há de vir
são estranhos os caminhos
que ninguém jamais trilhou.
feridas feitas por espinhos
estão nos pés de quem pisou.
é estranha essa vontade
de quem sabe o que quer?
não abandona o pensamento
esteja onde estiver.
não importa o que virá
sei bem o que devo fazer!
são estranhas as palavras
que nunca haviam sido ditas.
os fracos se amedrontam
as consideram tão malditas.
e enquanto o mundo roda
vou em sentido anti-horário,
se me criticas, tu tens medo
porque ainda estou no páreo.
não importa o que virá
sei bem o que devo fazer!
é estranho o horizonte
a quem tem medo de trilhar
e o sol é muito quente
pra quem na sombra quer ficar.
estranho mesmo é esse medo
de não ter para onde ir.
tenho portos que me esperam
e um caminho pra seguir.
não importa o que virá
sei bem o que devo fazer!