O POETA SOBREVIVEU.

A sinfonia. A sintonia.

A musica. Ao cair da Noite.

A brisa. Tudo aquilo.

Os barulhos e ruídos.

As estrelas a Brilhar.

A lua a refletir no mar.

O ronco do motor dos carros.

Os latidos dos cachorros, os miados dos gatos.

Eu só ouço o som que faz o mundo.

Eu só ouço a voz do homem imundo.

Meus ouvidos entupidos, não sabem o que ouvir.

Meus ouvidos entupidos, não querem desentupir.

Mentiras doem nos meus ouvidos.

Pessoas destinos.

Ritmos Distintos.

Coisas sem sentidos.

Brisa nos ouvidos.

O andar cintilante.

O olhar vigilante.

A traição, o amante.

O sorriso desconfiante.

A estrela brilhante.

O enfeite na estante.

A chuva em um instante.

A Rua La fora.

Carros a 100 por Hora.

Pessoas sem historia.

A calçada molha.

Com as folhas improvisarias.

Caem notórias.

Luzes eufóricas.

Postes, Fios.

O vento e seus assovios.

Mais um rico falido.

Mais um Pobre calado.

Mais um Bem mal falado.

Mais alguém encantado.

Mais algo escuro.

Sai do submundo.

A espada e o escudo.

Algo mais que isso tudo.

Desenterro do Fundo.

Mais um texto profundo.

Jogo as palavras, as letras e as rimas para o ar.

Deixo o vento levar.

A alguém a algum lugar.

Que quem sabe vai procurar.

Algo que se tentou entender.

Algo que se quer ver.

Alguém ira querer saber.

Quem acabou de escrever.

E que logo após a chegada da noite.

Ficou afoite.

E com medo do escuro.

A luz Acendeu.

O bom viveu.

O Horrendo Morreu.

E o Poeta sobreviveu.

Vinicius Afonso
Enviado por Vinicius Afonso em 28/09/2009
Código do texto: T1837115
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