O POETA SOBREVIVEU.
A sinfonia. A sintonia.
A musica. Ao cair da Noite.
A brisa. Tudo aquilo.
Os barulhos e ruídos.
As estrelas a Brilhar.
A lua a refletir no mar.
O ronco do motor dos carros.
Os latidos dos cachorros, os miados dos gatos.
Eu só ouço o som que faz o mundo.
Eu só ouço a voz do homem imundo.
Meus ouvidos entupidos, não sabem o que ouvir.
Meus ouvidos entupidos, não querem desentupir.
Mentiras doem nos meus ouvidos.
Pessoas destinos.
Ritmos Distintos.
Coisas sem sentidos.
Brisa nos ouvidos.
O andar cintilante.
O olhar vigilante.
A traição, o amante.
O sorriso desconfiante.
A estrela brilhante.
O enfeite na estante.
A chuva em um instante.
A Rua La fora.
Carros a 100 por Hora.
Pessoas sem historia.
A calçada molha.
Com as folhas improvisarias.
Caem notórias.
Luzes eufóricas.
Postes, Fios.
O vento e seus assovios.
Mais um rico falido.
Mais um Pobre calado.
Mais um Bem mal falado.
Mais alguém encantado.
Mais algo escuro.
Sai do submundo.
A espada e o escudo.
Algo mais que isso tudo.
Desenterro do Fundo.
Mais um texto profundo.
Jogo as palavras, as letras e as rimas para o ar.
Deixo o vento levar.
A alguém a algum lugar.
Que quem sabe vai procurar.
Algo que se tentou entender.
Algo que se quer ver.
Alguém ira querer saber.
Quem acabou de escrever.
E que logo após a chegada da noite.
Ficou afoite.
E com medo do escuro.
A luz Acendeu.
O bom viveu.
O Horrendo Morreu.
E o Poeta sobreviveu.