ENSAIOS

Acordo pela manhã

E saio pra trabalhar

Vou de ônibus ou a pé

Vou voando, até...

Na rua,

Vejo caras brancas espectrais

Mas nenhum sorriso nesssas bocas iguais

Nesses olhos parados e sem emoção

Pessoas atravessam a rua em multidão

Correm pelas calçadas sem ver o sol

Nascer

Nascer

E um homem,

Vindo me abordar, me dá um beijo longo

E eu tão assustado, pergunto pra ele:

Meu amor, quem é você?

Quem são vocês?

Um povo sem nome, sem identidade

Se objetivos ou qualquer qualidade

Não correm atrás de nada

Não vivem a favor de nada

E eu busco na vida um sentido pra mim

Eu olho pra céu tentando ver o meu fim

Porque todo o começo é a cópia original

Do fim

E um dia vai

Imitando o outro, sem nada de novo

Café da manhã, geleia e pão com ovo

Beijo a mulher e abraço as crianças

E sigo em frente no meu novo ensaio

E um homem,

Vindo me abordar, me dá um beijo longo

E eu tão assustado, pergunto pra ele:

Meu amor, quem é você?

Quem são vocês?

Um povo sem nome, sem identidade

Se objetivos ou qualquer qualidade

Não correm atrás de nada

Não vivem a favor de nada

Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira
Enviado por Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira em 22/09/2009
Código do texto: T1824714
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