Açoites

Eu prefiro mentir, te inventar, me enganar

Eu prefiro fingir, acreditar que ainda vai voltar

Eu prefiro sonhar e nunca mais acordar

Não quero o céu nem luar, nem o sol pra iluminar

Se você não está, vou te procurar

No vazio do infinito até te encontrar

Mas se você se esconder em qualquer coração

Vai me ouvir te chamar da minha triste solidão

Se cala a alma pra ouvir os meus passos

Marcados de açoites, presos em tantos laços

A dor da saudade faz sangrar o tempo

Que aos poucos me deixa jogado ao vento

Sobrevivendo das doces lembranças

Alimentando uma falsa esperança

As águas do rio se calaram em sua dor

Meus olhos não se fecham, vivem à buscar o seu amor

Léia Carmona Torres
Enviado por Léia Carmona Torres em 02/09/2009
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