São Luís

Terra da minha vida, me ensinou todas as coisas

de vários tipos, de diferentes sotaques, com a vibração própria

à luz das brincadeiras, das comidas típicas, das descobertas

e da escola.

São Luís, lugar de gente sofrida, mulheres pequenas, mas com suas formosuras

bairros ricos, outros pobres, gente pouco elegante,

mas com a terra de gigantes

brincadeiras não esqueço, do papagaio, ao chucho,

dos amigos, que crescemos,

da infância que não volta,

da alegria que vem sob forma de melancolia.

Praias, areia, vento e o mar

que um dia desprezei, hoje me volta, sempre pra me arrepiar.

O sol, que é uma maravilha, penetra no corpo, alegra a alma

faz refletir e pensar no que há lá

Cidade histórica, onde os fantasmas não morrem

eles não assustam, porque estão do nosso lado,

são deuses, nas praças, ruas e baixadas,

e nem por isso, somos menores,

porque quem tem natividade,

tem sempre sua história,

em qualquer atividade.

Eis uma terra,

que guarda o meu lugar,

é da li que vim,

e jamais de outro lar.

Terra de exageros, de histórias mal contadas

terra da imaginação porque lá existe piração,

terra da alegria, porque existe vocalização,

nas brincadeiras, conversas e também na canção.

Terra nordestina, que guarda também o pulmão humano,

terra dividida, que a gente só vê pelo capitão,

mas a terra é muito maior,

ela tem a história da nação.

Terra quente, muito quente, tem calor no ar, mas tem calor no corpo,

terra do reggae, onde o corpo é um jingado, brincando com os movimentos,

é também do Bumba-meu-boi, é de origem antiga, preserva a tradição

e não esquece a geração.

Terra boa, do peixe, da farinha, do cozido, da sardinha

terra do enlatado, que não é filme americano,

mas que alegra a mãe abrindo a sardinha

no comércio, que é uma mercearia.

Terra boa, que não há frescura, homem conversa

e não brinca com mulher

não esconde o sotaque,

e jamais esquece o folclore

Terra da diversão, dos parquinhos a que um dia fui,

terra antiga, que tem história,

que não é só de pescador,

mas que tem na sua carne, a dor

arrab xela
Enviado por arrab xela em 30/08/2009
Reeditado em 30/08/2009
Código do texto: T1783526
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