De que vale um copo vazio?
Um copo vazio...
Sobre o qual deslizo as mãos
Enquanto em algo penso
Qualquer copo vazio que me aguarda
Acho que ele guarda só meu silêncio
De que vale um copo vazio
Se não pode calar o meu vazio
Se não pode extasiar meu intento?
Ah... seja esse copo de cristal
Oh... seja ele de barro
Não seria mais nem menos que um jarro
Quando entre nós se encheu o caos!
Que profundo e que desumano!
Nesse copo que bebemos cervejas
Agora olho e lembro que me deixastes sem defesas
É... me deixaste sem risadas e nem cervejas!
Poderia encher o copo
Enchê-lo do que quisesse
Mas aí recordo a sua ausência
Então vem o desespero e me entontece!