Nada Além
Seus lábios são
Sobras do acaso
Que ninguém vê
Sente ou toca
Os ventos da primavera
Só chegam ao verão
E mesmo assim
Eu não a vejo a minha porta
Sinceramente eu nem sei
Qual foi a estrada em que te perdi
Não sei nem se um dia
Eu a tive aqui
Faz tanto tempo
Que vendi minha alma
Em troca daquilo que achei ser
O teu coração
Nada além
Do que a força do meu coração
Nada além
Que minha estúpida intenção
São seus olhos
Que me crucificam
Que me cegam
Por tanto enxergar
Sua voz
É um canto de sereia
Que me atrai
Pra um profundo abismo de um mar
Desde que me conheci
Perambulei por tuas estradas
E graças a isso descobri:
O que fiz não valeu pra nada
Nada além
Do que a força do meu coração
Nada além
Que minha estúpida intenção
Nada além
Nada além