Abrigo

Se minh’ alma escurece

Em tristeza e amargura...

Sem crer eu faço uma prece

Por minh’ alma que padece

Nesta noite tão escura...

No véu da noite me enrolo

Meus passos em torno ecoam.

Sem firmeza, piso este solo,

À procura de um consolo

Entre os que a noite povoam...

O fado é acolhedora morada

De uma alma apaixonada

De um coração sofredor.

O Fado é lar, doce e antigo

De todo o poeta o abrigo

Pra cantar coisas do amor...

Procuro a panacéia

Pras minhas dores mitigar

Encontro-a durante a ceia

Nesta noite escura e feia

Na voz da fadista a cantar...

Chorava a guitarra, chorava,

O drama daquela mulher...

Que um fado triste cantava

Em pungentes rimas narrava

O fim de um amor qualquer...

O fado é acolhedora morada

Para a alma apaixonada

Para o coração sofredor.

O Fado é lar, doce e antigo

De todo o poeta o abrigo

Pra cantar coisas do amor...

O fado é uma bela morada

Para a alma atormentada

Para o coração sofredor.

O Fado é o ombro amigo

De todo o poeta o abrigo

Ai! Pra chorar mágoas de amor!

Luis C Nelson
Enviado por Luis C Nelson em 02/08/2009
Reeditado em 20/08/2009
Código do texto: T1732180