Aventuranças
Foi então quando Quem Será bateu a minha porta
Trazendo novidades de um mundo sem respostas
Folhas caem sozinhas em meu quintal
Ao mesmo tempo em que um filho se torna outro pai
Sem idéias ou idade para ser o que não faz
Mas histórias são estórias e nada mais
Carregue suas armas e escolha seus amigos
Se queres ficar louco, eis aqui algo divertido
Realidade é uma verdade do avesso
Ventos sopram aos ouvidos de um cego amador
A teoria de um mundo escrava ou senhor
E o instinto que é o teu medo roga teu reino
E a prole de um antigo tempo descobre um novo amor
Se torna sua amante e repete a mesma dor
Nada grita mais alto do que o silêncio
Até Quem me Dera e Tomara se cansam de tentar
Dilaceram suas almas e se cravam num pensar:
Homens nada sabem do que é seu direito
Me diga qual a tua casa e qual o teu segredo
A descoberta dum novo mundo ou um tolo simples desejo
Qualquer gesto é uma escada pra algum inconsciente
Bem aventurados os que acreditam no que são
Refletem em seu agir – pensar o que sente o coração
E se tornam puros e eternos pro agora e sempre