Livre Arbítrio
Deus me dá duas opções
E o diabo me indaga
A mesma frase me põem
De vez no inferno ou no céu
E as entrelinha se opõem
E me põem em contradição
Como escolher o vinho tinto
Será melhor o de uva ou de sangue?
Optar entre a dor ou prazer
Entre a lucidez ou a alucinação
Fecho os olhos
Medito no escuro
Não tem silêncio dentro de mim
Fé, extinto, razão, ceticismos e ideologias
Se chocam no âmago
A carne é fraca o espírito é forte
Assim também é o outro passageiro
Que envelhece na mesmice da inovação
Os embriões do mundo
Se premeditam de propósito
Se tornam formas inúteis iguais a tantas outras
Que aqui por muito ou pouco tempo
Estiveram e estão
Hediondos cordeiros condenados ao fim
Egoístas que ainda mantém conjunções carnais
Gerando seus sucessores para que os mesmos sintam na carne
O questionamento, das duas opções.