O triste destino de um bagual - música gaúcha
O patrão vendeu a estância,
A terra onde eu me criei
Onde passei minha infância
E até ontem trabalhei...
Senti o golpe da adaga
Enterrada no meu peito,
Nunca eu tinha imaginado
Ficar sem rumo desse jeito...
Não chorei só por uma razão:
Porque o homem não chora.
Encilhei meu redomão
E a trote fui me embora...
Muito tempo já passou
Deste triste “assucedido”
Mas até hoje me sinto
Da minha terra desprovido...
Sigo à cavalo pela pampa,
Um centauro desgarrado,
Marcas do tempo na estampa
De um futuro encerrado...
Um peão sem sua querência,
Um homem sem ideal,
Que triste maledicência,
Que destino prum bagual...
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