O triste destino de um bagual - música gaúcha

O patrão vendeu a estância,

A terra onde eu me criei

Onde passei minha infância

E até ontem trabalhei...

Senti o golpe da adaga

Enterrada no meu peito,

Nunca eu tinha imaginado

Ficar sem rumo desse jeito...

Não chorei só por uma razão:

Porque o homem não chora.

Encilhei meu redomão

E a trote fui me embora...

Muito tempo já passou

Deste triste “assucedido”

Mas até hoje me sinto

Da minha terra desprovido...

Sigo à cavalo pela pampa,

Um centauro desgarrado,

Marcas do tempo na estampa

De um futuro encerrado...

Um peão sem sua querência,

Um homem sem ideal,

Que triste maledicência,

Que destino prum bagual...

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andré diefenbach
Enviado por andré diefenbach em 06/07/2009
Código do texto: T1685293
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