- Lamento de um sertanejo -
(Por Onofre Ferreira do Prado)
Apesar dos encantos da cidade,
Apesar das belezas do mar
E de um povo cheio de afeição,
Por mais que eu tente disfarçar,
Não consigo esquecer o meu sertão.
O sol aqui e a lua,
Parecem fora de lugar,
Os dias e as noites aqui,
Parecem que nunca vão ter fim,
Tudo é diferente da terra onde eu nasci.
Agora eu posso compreender,
A angústia de um exilado
E a dor de um sertanejo,
Vivendo num lugar que não é seu,
Distante da terra em que nasceu.
Não quero desfazer de ninguém,
Não é esta a minha intenção,
Mas é somente a lamúria de um caboclo,
Lamentando a saudade do sertão,
Com saudade da terra em que nasceu.