Humangedom
A primeira praga do apocalipse é o homem moderno
Trazendo ao mundo agonia e tormento
Mas é tudo em nome do desenvolvimento
Afinal de contas o que somos? Mamíferos de terno.
Invasores de escolas ceifam vidas afinal
Hoje é fácil encontrar procurando na Internet
Mil maneiras de fazer explosivos com chicletes
E uma arma militar é fácil ter, é tão banal.
O mundo não vai acabar, ele só está doente
Espirrando Tsunamis, efeito estufa como febre
Expulsando o Catarro Sapiens, assustados como lebres
Adiantamos o tempo, isso tudo é culpa da gente.
Cinco carros por família hoje é coisa comum
Aí as águas de março vão caindo em setembro
Você vai dando rolé e o planeta vai morrendo
Mas não pode fazer mais nada, afinal é só mais um.
Fauna flora e cultura é o que a floresta perde
Nativos capitalistas o ambiente devastando
Os seus bolsos vão enchendo e o mundo vai murchando
Mas por que se preocupar, sendo que o dinheiro é verde?
Talvez ainda haja jeito, talvez dê pra consertar
Cabe a nós, que essa bagunça começamos
Precisamos urgente ajustar os nossos planos
Percam suas esperanças, pois ninguém vem nos salvar.
Mas o mundo não acaba, não importa o que se tente
Bactérias vão sobrar, é o fim só pra escória
Sem o homem e com sorte, evolução e história
Talvez aqui um dia haja alguma vida inteligente.