Vez por outra

“Vez por outra” a alma se sente presa

e demanda o campo pra se espalhar

“Vez em quando” a vida desata um tento

pra ver o tombo e fazer parar

“Vez por outra” o rancho fica pequeno

e leva o campeiro a buscar estrada

“Vem em quando” é longe e é só solidão

e o coração faz fazer pousada

E vez por outra eu me pego

com o coração na janela

numa saudade daquelas

entre urgente e louca

Tenho um baú já tapado

de quase-amores no rancho

e o mais maduro de todos

me trava na boca