Noturno para Minuano e Violão
Me olha agora como se eu partisse
E fosse sede,e mais, o que sentes
Como se a morte aguardasse à porta
E "para sempre" fosse agora ou nunca
Me beija agora, como se o teu rio
Fugisse ao leito, e inundasse a noite
Vamos rir do tempo, que nos quer pequenos
Negar a pressa; degustar a vida
Ser fome e fruto num banquete eterno
(Lá fora o vento frio açoita o rancho
Com raiva, fúria de animal ferido
Por nossa afronta a seu senhor, o inverno)