A matemática dos amantes
Uma vez passada a noite ... Raia o sol , como há de ser .
Os olhos pesados de cansaço , pois uma noite só não revigora feridas assim tão profundas .
O bom ainda existe e faz força , e dá força ... Acalentando .
Um alicerce movediço , onde se afunda com facilidade .
A imensidão que é o espírito , parece desaguar num pequeno mar de mágoas .
Os pensamentos desmerecem aquilo que o corpo quer , tudo é tão igual .
O corpo iberna , já não quer nada ... Já não pede abrigo .
E se esbarra frente à ventos contrários ...
Já não se entende , vazio demais .
E se viessem à tona fatos que desconheço ?
Enfrentaria com violência o que não sabia existir ?
Ou me entregaria por medo , por pudor ?
Enfeitando o destino com marcas e cicatrizes ...
Indestrutíveis ...
...
Perguntas , às vezes pequenas lutas ...
Às vezes a razão de toda tristeza .