Balizas

Eu não quero mais brigar

Se você quer ir se vá

Não vou te empatar

O nosso ninho é seguro

Mas o desejo em si

É atraente, indomável, hipnótico, e cruel.

Ofusca toda a clareza

Dopando a sanidade

Como se o buraco negro

Antes fosse um oceano calmo

Tão puro e azul feito o céu.

Devolvo sem querer sua liberdade

Sorrindo te dou confiança

Enquanto a dor e a saudade

Tecem o véu.

Revirado o nosso caso ao avesso

O pra sempre desprende os nós

É tão cruel.

Nossos destinos desentrelaçados

Dois anjos caídos sem asas

Expulsos por hora sem perceber do céu.

Nisso a vida segue o seu curso

Trabalho, amigos, barzinho: voz e violão

No fim dos shows me entrego

Há corpos estranhos outra vez

Brindo com todos os meus fãs

Mas no salão está a solidão

Agora é tão normal

Mas ainda não me acostumei.

Olho pra lua minguante aluado

Esqueço todos

Já findei meu trabalho

Entro no meu carro mais uma vez

Não acelero, não tenho pressa,

Pois o tempo é cruel...

Chego em casa despedaçado

Fumo um cigarro pra esquentar os lábios

Tomo uma dose pra acalmar a alma

Mas um blues trás tudo átona outra vez

Desligo o som

Me tranco no meu quarto

Mergulho a esmo no silêncio

Tentando espaçar do inferno das memórias

Outra vez...

Que se repete todos os dias

Mais uma vez de novo

Dopando a clareza

Como se o buraco negro

Antes fosse um céu azul.

Não tempo problema

Deixa estar

Sei que você vai voltar

Cansada e ferida

Querendo a paz e amor de novo

E todas as certezas

E toda a pureza

Que tiraram dos teus olhos

É deixa estar

Sei que você vai voltar

Cansada e ferida

Querendo a paz e amor de novo

E todas as certezas

E toda a pureza

Que tiraram dos teus olhos.

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 18/05/2009
Código do texto: T1601182
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