SAMBISTA MALANDRO

Desci o morro correndo,

Dei uma topada, bati o dedão;

A topada foi tão grande

Que escapou o pandeiro

Qu’eu trazia na mão;

E pela rua do morro,

Desce o pandeiro correndo na frente;

E pulando igual um saci,

Pela dor eu dou um grito:

- Que pressa pandeiro,

Espere a gente!

Refrão: Desci o morro correndo...

Mas, prá sambista ligeiro,

Até tropeção, tem ginga,

Tem graça!

De repente lá estava eu,

Dançando um samba

No meio da praça.

E na roda de samba,

Vejo a linda morena,

Coração nem bate, capota;

Aquela a quem dei de presente,

Um som Gradiente,

Com grana emprestada de um agiota.

E no outro lado da rua,

O cara a quem devo...

Aponta a mim o “dedão”;

A mancada foi tão grande,

Que escapou o pandeiro

Qu’ eu trazia na mão.

Refrão: Desci o morro correndo...

Mas, prá sambista malandro,

De zero a dez, nota nove... É pouco!

Pra me exibir prá morena,

Olhei pro cara e disse:

Entra no samba,

E fica com o troco.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 16/05/2009
Código do texto: T1597308
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.