Nem Soneto, Nem Troça
Eu tou atrás de Deus
E tu querendo os braços meus.
Toda essa minha covardia
À tua tentação que um dia
Todo meu corpo rendeu.
Eu tou querendo Deus
E tu atrás dos olhos meus.
Cá nessa doce danação,
Rogando louco a redenção
Desse pecado meu e teu.
A culpa é minha,
A culpa é nossa,
Do teu andar cheio de bossa.
Nada eu tinha
Pra seres minha;
Nem soneto, nem troça.
Eu tou atrás de Deus
E tu querendo os braços meus.
Toda essa minha covardia
À tua tentação que um dia
Todo meu corpo rendeu.
Eu tou querendo Deus
E tu atrás dos olhos meus.
Cá nessa doce danação,
Rogando louco a redenção
Desse pecado meu e teu.
A boca que cala,
E o céu que intercala,
E o corpo é perfeito.
Não tem mais jeito
Para esse sujeito
Que aqui vos fala.
Eu tou atrás de Deus
E tu querendo os braços meus.
Toda essa minha covardia
À tua tentação que um dia
Todo meu corpo rendeu.
Eu tou querendo Deus
E tu atrás dos olhos meus.
Cá nessa doce danação,
Rogando louco a redenção
Desse pecado meu e teu.
Nesse carnaval
Não há bem ou mal,
Nem pele, nem coração.
Mãos em oração,
Carne e tentação,
Areia, grão e sal.
Eu tou atrás de Deus
E tu querendo os braços meus.
Toda essa minha covardia
À tua tentação que um dia
Todo meu corpo rendeu.
Eu tou querendo Deus
E tu atrás dos olhos meus.
Cá nessa doce danação,
Rogando louco a redenção
Desse pecado meu e teu.