Os enigmas do amor.
Uma varanda arejada
Na noite enluarada
Feito uma gata mimada
Com doçura a mulher amada
Recostada,cochila no meu peito
E toda infeliz transtornada
Sentindo tão desprezada
Desafinando a toada
Minha viola enciumada
Soluçando de despeito,
A doce alma feminina
Da viola e da menina
Já desde bem pequenina
A vida já lhes ensina
A meiga arte da sedução
E a mim um humilde trovador
Embriagado com perfume de flor
Fugindo e driblando a dor
Fazendo versos de amor
Me ensinaste o dom da canção.
A vida ensina e a gente aprende
As vezes até se arrepende
O tempo passa a gente não entende
Mas de repente a gente se rende
Aos enigmas doce do amor
No principio uma calma alameda
E logo depois a vereda
O coração quer que a alma entenda
Em meio a uma intensa labareda
No auge de um esplendor.