Por Todas As Cores Do Mundo
Era uma vez!
Um lugar comum,
Aonde a passarada vinha pra beber,
Conspiravam entre si,
Delineando um ideal...
Um dia felicidade total!
Eu me chamo toutinegras e bem-te-vis,
Tiês Sangue, Colibris e Sábias,
Cambaxirras e Pardais,
Ensaiando arribação...
Pra que os filhos nasçam livres do alçapão.
Esse visgo pega mesmo,
Bicho homem... Mundo mau!
Essas armadilhas no quintal...
Vento meu amigo velho,
Voaremos sempre assim!
Refazendo as flores pro sem fim.
Era uma vez!
Todo o mar azul,
Onde as baleias eram pra viver,
Emergir pra respirar,
Contemplar a imensidão...
Não havia o homem, o barco, o arpão.
Cedro, Amoreira, Pinús, Jequitibá,
Vão descendo rio abaixo,
E eu a chorar!
Dos meus olhos a chover,
Copiosamente a dor,
Morro paulatinamente desse amor,
Num lugar de amor tranqüilo,
Bicho homem... Mundo cão!
Transformando árvore em carvão...
Amazônia zona linda, tantas cores!
Rio-mar... Não sei até quando existirás,
Que será das borboletas...
Nas queimadas desse chão.
Letra de canção de autoria de Gutemberg Landi e Cláudio Camillo.
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