Salvar-se de si

Sozinho, consigo mesmo.

Sozinho eu consigo, mesmo!

Viver com os restos do que fui

Acumulados num legado

A onde o presente é um coquetel com o passado

E o desejado, um futuro impregnado.

O tempo lapidará

Expondo nervos

É o preço a se pagar

Pelo desterro

Roendo a corda

Enquanto a horda

Acorda cedo

Balão que resta

Num fim de festa

E de estourar voa com medo

Eu me seguro

Em cima do muro

Em meio a enchente

Enquanto os botes

Salvam os coiotes

Em vez de mim que sou gente