Poucas flores descoradas.
Eu não quero falar de tristeza
Mas está faltando a beleza
De que a minha poesia precisa
Tá faltando o perfume de flor
E tambem a essencia do amor
E por isso ela está tão indecisa.
Eu começo escrever e me atrapalho
Fica faltando a gota de orvalho
Que brilha ao sol no amanhecer
Precisa tambem o brilho da lua
E a brisa do mar que o calor atenua
E vai incentivando a alma a escrever.
Ausente está o cheiro da terra molhada
E os acordes de uma viola animada
Pra alegrar esse peito que canta
Não tem mais o cantar de passarinho
Só tem um coração soluçando baixinho
Porque quase nada na vida o encanta.
Passando agora por uma estrada estreita
Sem colibris e nem uma borboleta
E as poucas flores estão descoradas
Chegou o inverno da minha existencia
Nem sei se adianta ter mais persistencia
Já deve estar bem perto o final da estrada.