Poucas flores descoradas.

Eu não quero falar de tristeza

Mas está faltando a beleza

De que a minha poesia precisa

Tá faltando o perfume de flor

E tambem a essencia do amor

E por isso ela está tão indecisa.

Eu começo escrever e me atrapalho

Fica faltando a gota de orvalho

Que brilha ao sol no amanhecer

Precisa tambem o brilho da lua

E a brisa do mar que o calor atenua

E vai incentivando a alma a escrever.

Ausente está o cheiro da terra molhada

E os acordes de uma viola animada

Pra alegrar esse peito que canta

Não tem mais o cantar de passarinho

Só tem um coração soluçando baixinho

Porque quase nada na vida o encanta.

Passando agora por uma estrada estreita

Sem colibris e nem uma borboleta

E as poucas flores estão descoradas

Chegou o inverno da minha existencia

Nem sei se adianta ter mais persistencia

Já deve estar bem perto o final da estrada.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 09/04/2009
Reeditado em 09/04/2009
Código do texto: T1529980
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.