Pelo sim, pelo não
Não é de alecrim
Esse ramo que você plantou
Não era pra mim
Essa história que você contou
Não é de festim
Essa bala que atravessou
Meu peito e enfim
Meu sorriso matou
Queria provar
Da cachaça do teu botequim
Queria pra mim
Uma história de amor bem vulgar
Queria tomar
Um remédio pra dor de paixão
Queria tentar
Pelo sim, pelo não
Se foi de bufão
Essa roupa que um dia rasgou,
Não foi sopa não
Esse caldo que um dia entornou
E o tempo, um glutão,
Os meus dias voraz devorou
Sobrou só o pão
Que o diabo amassou
Cansei de esperar
Lá do porto um aceno de mão
Cansei do senão
Do talvez, do não sei, do sei lá
E o lado de cá
Tão vazio nessa desproporção
Queria empatar
Pelo sim, pelo não