Elo
A eloqüência amparada no colo da loucura
Manifesta-se no silêncio
Com um assustador grito suicida que o homem não ouve
Só assiste na impaciência a sua própria miséria
Nos quartos de um rato escalpelado em nome da ciência
Descobriu-se o nome da morte, e agora como cobrar
Uma morte lenta e dolorosa no seio de almas castadas
Passeia o horror de existir sol e lua sempre ao ponto inclinado
Lado a lado se vê o desespero nos ombros da arte
Terapias de choque para um pouco de osmose
No vegeto de eras exautadas no coito
No ensoito da ausência o silêncio é retardo
No citado Homero, que caminha sem causa
Na flauta de um mito.