soluço da alma.
vou te pedir, mais um tempo
vou esperar, o momento
pra eu perceber o intento
o sabor
vou viajar contra o vento
e vou te esperar com contento
pra poder falar o que penso
o amor.
me enclausurar, num convento
pra enrigecer o cimento
que se ressecou no meu peito
a dor.
me libertar desse medo
pra m'iluminar nesse seio
que transborda seu sentimento
o calor.
e ao abraçar o seu meio
a minha metade que tenho
delira um ardente floreio
da flor.
e desvincular o perfeito
quando for chegar o lamento
e se arrepender corroendo
o pudor.
com todo o meu respeito
me ame e deixe do jeito
que eu eu te amei com desejo
de cor.
correspondendo sem jeito
de quem precedeu sem efeito
da primeira vez, não tem jeito
um ardor.