CHORO DO SERTÃO.
Chove lá fora, chove.
Cá estou observando seu chorar.
Água límpida, logo tornar-se-á barrenta.
As cacimbas prontas a transbordar.
Corações, feições de risos e alegrias,
Brincadeiras das crianças ao lamear.
Não se nota ao longe a caatinga,
A se contrariar.
Vige Nossa Senhora mãe dos homens,
Diz o repente a cortar.
Este sertão errante de que Deus dará.
Toda a sorte ao sertanejo sem pestanejar,
E contra o braseiro do inferno quente,
Que nos faz até chora.
Choro de lágrima e sangue.
De tanto pelejar.
Que o senhor mande seus anjos.
Suas lágrimas cá,pra nos moia.