Pétalas

“Todas essas pétalas deixarão um dia de existir

Todas deixarão... de existir...”

Um botão de rosa soprado ao vento

É bem mais do que uma simples lembrança jogada ao relento

E sobre o asfalto, ainda molhado pelo orvalho da manhã

Meus pés se desfazem, apenas rastros de um eu solitário

Entre galhos quebrados, sonhos deixados,

As pegadas somem, as memórias ficam,

Aqui...

“Todas essas pétalas deixarão um dia de existir”

Você me disse gentilmente, suavemente

“Todas deixarão de existir”

E seu coração partiu-se junto ao meu

Como todas essas pétalas

Por que isso me consome tanto?

De joelhos, eu grito por uma tentativa de sobreviver

Mas a dor não some, ela não some, meu Deus!

E a neblina encobre tudo aquilo que eu não pude esconder

Por que isso me destrói tanto?

De olhos fechados, eu deixo pra trás tudo aquilo que eu possa esquecer

E o que você diz, o que você me diz agora

Pra que eu continue vivo?

Um farol dourado aponta para o cais

E o doce céu contemplando a solidão que brilha mais

Sobre as areias, ainda manchadas pela brisa da manhã

Minhas pegadas se refazem, apenas marcas de um eu imaginário

E quando as luzes se apagam

Entre velhas partidas, novas chegadas,

Minhas mãos somem, meus pés ficam

Por aqui...

“Todas essas pétalas deixarão um dia de existir”

Você me disse gentilmente, suavemente

“Todas deixarão de existir”

E seu coração partiu-se junto ao meu

Como todas essas pétalas

Por que isso me consome tanto?

De joelhos, eu grito por uma tentativa de sobreviver

Mas a dor não some, ela não some, meu Deus!

E a neblina encobre tudo aquilo que eu não pude esconder

Por que isso me destrói tanto?

De olhos fechados, eu deixo pra trás tudo aquilo que eu possa esquecer

E o que você diz, o que você me diz agora

Pra que eu continue vivo?

Pra que eu permaneça vivo?

Pra que eu continue vivo?

Pra que eu permaneça, permaneça, permaneça VIVO?

("Então...")

“Todas essas pétalas deixarão um dia de existir”

Você me disse, gentilmente...

“Todas deixarão de existir”

“Você me disse, suavemente...

“Todas essas pétalas...”

Você me disse, você sempre me disse

Eu só não quis ouvir,

De você...

Eu estou... (“... puxe...”)

Jesus, eu estou tão... (“... puxe o gatilho...”)

Tão arrependido! (“... AGORA!”)

Will Pauley
Enviado por Will Pauley em 07/03/2009
Reeditado em 07/03/2009
Código do texto: T1474430
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