REDENÇÃO

Estou só dentro de mim

Mas eu não me importo sempre fui assim

E na mente uma corrente

De lágrimas adjacentes

Geralmente eu não sinto o que se sente

Sinto medo, sinto ódio, do desconhecido pavor

Sinto pena, complacência pela mão do agressor

Sinto frio, e a minha alma as vezes treme e chora de dor

Sua pose resoluta é um mecanismo protetor

Estou só dentro de mim

No espelho eu não sou assim

Vive sempre indiferente

Por não saber como se sente

Negação é um artifício conveniente

E quem nunca sofreu por uma bobagem qualquer?

E quem dirá que o que não se pode ter é sempre o que se quer?

A mão que apedreja é quase sempre a mesma que depois te afaga e quer

Redenção é um caminho farpado no qual sempre sigo descalço e a pé

Sinto medo, sinto ódio, do desconhecido pavor

Sinto pena, complacência pela mão do agressor

Sinto frio, e a minha alma as vezes treme e chora de dor

Sua pose resoluta é um mecanismo protetor

PS: Obrigado Augusto dos Anjos!