Como selo de um ramalhete.
A minha caneta tem vida
E põe a sua alma no papel
E a minha viola sentida
Briga pra não me deixar ao léo.
Dez que ao chorar pronuncia
A canção que a caneta escreve
São palavras virando poesia
Fugindo de ua saudade que ferve.
Parece que tudo na vida tem dono
Só o meu coração nunca foi de ninguem
E eu para fugir do cruel abandono
Embrulho ele de presente pra alguem.
Como o selo de um ramalhete
E envolto por fita vermelha
Faço ele ficar incandecente
Como uma viva e ardente centelha.
Mas logo depois ele me é devolvido
Por ser tão teimoso e rebelde
E só querer falar de um amor não vivido
E esse direito ninguem lhe concede.
Alem disso ele é sincero e ciumento
E inimigo numero um da divisão
Esse seu complicado comportamento
Só tem lhe causado lagrima e muita aflição.