Como selo de um ramalhete.

A minha caneta tem vida

E põe a sua alma no papel

E a minha viola sentida

Briga pra não me deixar ao léo.

Dez que ao chorar pronuncia

A canção que a caneta escreve

São palavras virando poesia

Fugindo de ua saudade que ferve.

Parece que tudo na vida tem dono

Só o meu coração nunca foi de ninguem

E eu para fugir do cruel abandono

Embrulho ele de presente pra alguem.

Como o selo de um ramalhete

E envolto por fita vermelha

Faço ele ficar incandecente

Como uma viva e ardente centelha.

Mas logo depois ele me é devolvido

Por ser tão teimoso e rebelde

E só querer falar de um amor não vivido

E esse direito ninguem lhe concede.

Alem disso ele é sincero e ciumento

E inimigo numero um da divisão

Esse seu complicado comportamento

Só tem lhe causado lagrima e muita aflição.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 03/02/2009
Reeditado em 03/02/2009
Código do texto: T1419298
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